Terminologia

LEGENDA

Transcrição das falas para o formato de texto escrito sem recorrer ao uso da estenotipia.
É útil, preferencialmente, para pessoas surdas, com baixa audição, surdocegas, com baixo conhecimento do português, com sequelas neurológicas e idosas, entre outras situações. Para as pessoas com algum tipo de deficiência auditiva, o ideal é a LSE – Legendagem para surdos e ensurdecidos, ou a legenda descritiva, pois além do conteúdo falado, ela transcreve também todos os sons, músicas, passos, vidro quebrado etc.

LEGENDAGEM PARA SURDOS E ENSURDECIDOS - LSE

É a tradução das falas de uma produção audiovisual em forma de texto escrito, podendo ocorrer entre duas línguas orais, entre uma língua oral e outra de sinais ou dentro da mesma língua.
Por ser voltada, prioritariamente, ao público surdo e ensurdecido, a identificação de personagens e efeitos sonoros deve ser feita sempre que necessário.
(Fonte: Câmara Legislativa - https://bit.ly/3K3sean)

Libras

Sigla para a expressão “Língua de Sinais Brasileira” que, segundo o pesquisador Fernando Capovilla, é uma unidade que se refere à modalidade lingüística quiroarticulatória-visual e não oroarticulatória-auditiva. Não existe uma Língua Brasileira de Sinais, porque não existe uma Língua Brasileira (de sinais ou falada). Então, segundo Romeu Kazumi Sassaki, especialista em inclusão e conselheiro consultivo da Escola de Gente, o correto é adjetivar cada “língua de sinais” existente no mundo, grafando-se o nome dessas línguas com todas as letras iniciais em maiúsculo (quando o consideramos nome próprio) ou com todas as letras iniciais em minúsculo (quando o consideramos um termo comum): Língua de Sinais Brasileira (língua de sinais brasileira), Língua de Sinais Americana (língua de sinais americana), Língua de Sinais Mexicana (língua de sinais mexicana) etc. Não é correto usar “linguagem de sinais” e “Linguagem Brasileira de Sinais”. Também não é aceitável a expressão “Língua dos sinais”, porque a língua de sinais brasileira está viva, e sua quantidade de sinais em constante modificação e ampliação. Caso fosse uma língua morta, seria possível chamar a Língua de Sinais Brasileira como uma “Língua dos sinais”, cuja quantidade de sinais já estaria fechada. Assim, a Libras é um termo consagrado pela comunidade surda brasileira, com o qual ela se identifica e que passou a ser grafado como Libras, e não mais LIBRAS, como estava na Lei nº 10.436, a partir do Decreto n° 5.626/05.

Libras Tátil

É a Libras realizada na palma de uma das mãos de pessoas surdocegas por meio de um profissional identificado como guia-intérprete, que ao sair acompanhado(a) de uma pessoa surdocega para fazer compras, pagar contas, cumprir compromissos profissionais etc., se utiliza de diversos recursos de comunicação. Além da Libras Tátil, um outro recurso é o método Tadoma.

LINGUAGEM SIMPLES

É um recurso de acessibilidade comunicacional que garante a eficácia dos demais, e será cada vez mais utilizado em contratos, eventos e projetos em geral, sendo objeto de leis e portarias recentes do legislativo e do judiciário brasileiro. A acessibilidade comunicacional é a base da inclusão e a linguagem simples é o menos utilizado de todos os recursos de comunicação acessível em todo o mundo, sendo de grande utilidade para a implementação de um ambiente de trabalho inclusivo.

A linguagem simples é um recurso que contempla as necessidades específicas de comunicação não apenas de pessoas com deficiência intelectual e psicossocial, mas também além daquelas que têm baixo letramento, são idosas, estão medicadas por depressão ou por uso de drogas, que conhecem pouco o português ou que por qualquer razão têm dificuldade de acessar informação e entendê-la. A linguagem simples é útil, em algum momento da vida, para qualquer pessoa. Garante vida independente e mais autonomia.

LIVE ACESSÍVEL

É a transmissão ao vivo, simultânea e online de programações em áudio e vídeo com a garantia da plena acessibilidade comunicacional prevista em lei – isso é, a disponibilização dos recursos de Libras, legenda, linguagem simples e audiodescrição. Lives acessíveis exigem pré-produção e pós-produção acessíveis, por isso devem contar com o oferecimento de acessibilidade na sala virtual que reúne palestrantes para a transmissão, bem como devem ser gravadas, e posteriormente disponibilizadas, de forma acessível – para que todas as pessoas tenham conservado o direito ao relato.