Escola de Gente
A Escola de Gente – Comunicação em Inclusão é uma organização não governamental fundada em 2002 com o propósito de colocar a comunicação a serviço da inclusão na sociedade, principalmente de grupos vulneráveis como pessoas com deficiência. Somos um centro de criação de metodologias, programas e projetos inovadores que promovem práticas acessíveis e inclusivas.
A comunicação é a nossa estratégia de atuação para disseminar direitos que não são priorizados pela sociedade, especialmente os que se referem à infância e juventude.
Nossas ações envolvem o engajamento de atores sociais da esfera cultural, de setores governamentais, das empresas, da sociedade civil, organismos internacionais e todas as pessoas que acreditam nos processos de transformação social que buscam relações mais sustentáveis.
Um trabalho que envolve incidência em políticas públicas, participação em conselhos de direitos, processos de qualificação na produção de conteúdos culturais e midiáticos, formação de multiplicadores. Sempre com o foco no direito à comunicação acessível.
Nestes 17 anos de jornada, já passamos por 19 países e 21 estados em todas as cinco regiões do Brasil. Foram mais de 500 mil pessoas mobilizadas e diretamente sensibilizadas para a causa da inclusão até hoje.
Os números são realmente expressivos. Nossas publicações sobre inclusão e direitos humanos, por exemplo, já somam 86 mil exemplares, distribuídos gratuitamente em diferentes formatos acessíveis. Temos contabilizadas 7.458 horas de formação continuada em nossos projetos para pessoas de todas as idades, principalmente jovens.
O resultado de todo esse empenho vem por meio do reconhecimento em mais de 60 prêmios nacionais e internacionais. E a participação em mais de 700 fóruns, conferências e eventos relacionados aos temas da inclusão, juventude, cultura e educação.
Ao tratarmos da inclusão, da comunicação e da cultura como focos centrais da nossa instituição, as pesquisas e levantamentos levam diretamente a atenção para o público das crianças e jovens com deficiência, principalmente quando vivem na pobreza.
Segundo a Organização das Nações Unidas, existe cerca de um bilhão de pessoas com deficiência no mundo, 80% delas vivendo nas regiões pobres dos países em desenvolvimento como o Brasil. Trata-se de uma população impedida de participar da vida econômica, social, artística e cultural de suas comunidades.
Ainda assim, atender às necessidades específicas de pessoas com deficiência é considerado um custo e não um investimento. Por isso, este segmento da população continua sem acesso a uma série de direitos, uma vez que não lhes é garantida ampla e diversificada oferta de acessibilidades. O resultado é mais exclusão para quem não se parece com os modelos de representação humana sobre os quais cada pessoa, cultura, comunidade ou sociedade se percebe e se organiza para o futuro.
O verdadeiro conjunto “Diversidade Humana” inclui a deficiência e é imensurável. Apresenta-se sob diferenças infinitas que conversam e incidem entre si, reinventando-se, continuamente. O desafio das políticas públicas é lidar com essa diversidade e concretizá-la nos programas e orçamentos.
Pessoas com deficiência são reais e têm urgência em contribuir com seus saberes para debates e decisões que as afetam nos sistemas nos quais estão inseridas: família, comunidade, nação, planeta.
Em 2006, a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi aprovada nas Nações Unidas. Dois anos depois, em 2008, foi ratificada no Brasil. Este foi primeiro tratado de Direitos Humanos a ter valor constitucional no país, processo do qual a Escola de Gente participou ativamente, no Brasil e nos Estados Unidos. A Convenção é um recurso para reverter os quadros de segregação, mas precisa ser disseminada e praticada conjuntamente.
Nessa direção, a Escola de Gente vem se aliando a organizações sociais, oferecendo sua abordagem sistêmica de inclusão e diversidade, buscando reverter lógicas geradoras de exclusão entre os agentes de mudança, como governos, a comunidade internacional e o empresariado.
Nossa Missão
Transformar políticas públicas em políticas públicas inclusivas para que pessoas com e sem deficiência exerçam seus direitos humanos desde a infância