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exclusivas & Inclusivas - 198 - 28 de junho de 2017 - Boletim Institucional da Escola de Gente - Comunicação em Inclusão
Imagem com um xadrez colorido que compõe o leiaute do boletim.

Nações Unidas não garantem as medidas de acessibilidade previstas na Convenção sobre Direitos das Pessoas com Deficiência. Denúncia foi feita na plenária da ONU pela Escola de Gente durante a celebração dos 10 anos da Convenção

Campanha “É Criminoso Discriminar” é lançada na sede das Nações Unidas em Nova York

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Equipe da Escola de Gente na Assembleia Geral da ONU. (foto: Bender Arruda)

Ao participar como sociedade civil da Delegação Oficial do Brasil na 10ª Assembleia Geral da Conferência dos Estados Partes da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD) na sede das Nações Unidas em Nova York, de 13 a 15 de junho, tendo como um de seus objetivos lançar naquele fórum a campanha “É Criminoso Discriminar”, a Escola de Gente se destacou por chamar a atenção para a violação do direito à participação de representantes e palestrantes com alguma deficiência. Não havia recursos fundamentais de acessibilidade - que a Escola de Gente utiliza há anos em todas as suas iniciativas - como audiodescrição. Grande parte dos debates não contava com língua de sinais e legenda. O palco do plenário da Assembleia Geral, o mais importante da ONU, não permitia o acesso de cadeirantes por falta de rampa.

“Não é aceitável que mesmo após 10 anos da Convenção e justamente aqui, na sede da ONU, o berço dos Direitos Humanos, pessoas com deficiência não possam participar do debate com equiparação de oportunidades. O mundo reconhece que negar comida a alguém que passa fome é um ato criminoso. Mas negar acessibilidade também é. Não há sustentabilidade sem acessibilidade”, expressou Claudia Werneck, fundadora da Escola de Gente, ao falar na plenária e defender os ideais da campanha É Criminoso Discriminar, desenvolvida em parceria com o Ministério Público. “Assim como as Nações Unidas monitoram os países na implementação da Convenção, temos que criar mecanismos para monitorar a ONU também”, completou.


Claudia Werneck discursa no plenário da ONU. (foto: Bender Arruda)

Preocupada em documentar a falta de acessibilidade da Conferência e chamar a atenção para a repercussão negativa do fato no cumprimento da Convenção pelos Estados-Parte, a Escola de Gente empreendeu um movimento entre os/as quase 50 integrantes da delegação brasileira, com importante apoio da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, que culminou com a redação coletiva de uma carta (leia aqui) assinada por várias organizações sociais e membros do poder público. A carta foi entregue ao chefe da Delegação do Brasil, o secretário nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Marco Antonio Pellegrini.

A Escola de Gente também distribuiu bottons da campanha “É Criminoso Discriminar” e livros “Quem cabe no seu todos?”, em inglês e com formatos acessíveis. A obra, da fundadora da Escola de Gente, publicada em 1997 pela WVA Editora, deu origem e estrutura o pensamento que guia a organização até hoje, sendo recomendada por Unesco e Unicef.


Delegação do Brasil na Conferência da ONU (foto: arquivo pessoal)

Em 2006, a Escola de Gente representou a sociedade civil brasileira no Encontro da ONU que aprovou a Convenção. Em 2008, participou ativamente da sua aprovação no Congresso Nacional como emenda à nossa Constituição.

A participação da Escola de Gente aconteceu graças ao apoio da Praxair e a campanha é feita em parceria com a Wide Comunicação Expandida.

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