Claudia Werneck denuncia falta de acessibilidade da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro ao receber medalha no Dia da Mulher

“Eu não me sinto, de fato, abraçada, ao perceber a total falta de acessibilidade dessa plenária no ano de 2018. Nós não estamos cumprindo com as leis de acessibilidade nesse país. É uma violência. É uma violência comunicacional. É na comunicação que acontecem, hoje, os mais graves atos de discriminação em relação a pessoas com deficiência, analfabetas, idosas, crianças”, disse a fundadora da Escola de Gente, ao receber a Medalha de Reconhecimento Chiquinha Gonzaga, por indicação da vereadora Luciana Novaes, atuante defensora das leis de acessibilidade no Brasil.  

Em seu discurso, pelo Dia Internacional da Mulher, 8 de março, a fundadora da Escola de Gente também pediu a atenção da sociedade para as meninas com deficiência que vivem na pobreza - um dos públicos com mais direitos violados do mundo, segundo o UNICEF.

A medalha Chiquinha Gonzaga é destinada a mulheres que se destacam em causas democráticas, humanitárias, artísticas e culturais, sendo um dos mais significativos reconhecimentos do Rio de Janeiro. Jornalista, Claudia Werneck é a única escritora brasileira com obras recomendadas simultaneamente por UNESCO e UNICEF, pioneira ao disseminar o conceito de sociedade inclusiva na América Latina. Idealizou e fundou, em 2002, a ONG Escola de Gente, referência internacional em projetos de inclusão, com foco nos direitos humanos de quem tem deficiência e vive na pobreza. Mais de 500 mil pessoas em 18 países já participaram dos projetos da Escola de Gente.

Confira aqui matéria do jornal O Dia sobre a cerimônia.